quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A Fisiologia na Base do Futebol

                 
               Sabemos que o caminho percorrido por um atleta até seu sucesso, caso este ocorra, é longo, e nem sempre realizado da maneira correta, o que pode acarretar em um série de processos danosos na performance do mesmo. De fato, no trabalho de base realizado no futebol, todas as variáveis são importantes e todos os setores da preparação (física, técnica, tática e psicológica) têm seu peso em todo este processo. Este texto tem como objetivo exemplificar algumas possíveis ações do departamento de fisiologia no processo de formação, agregando assim maior segurança nestas etapas, permitindo que os demais setores sejam desenvolvidos de forma plena.
                 Primeiramente gostaria de destacar que o sujeito ao atuar no departamento de fisiologia, não deve apenas estar voltado a testes e resultados laboratoriais. Este profissional, mais do que nunca, deve conhecer o cotidiano do trabalho no campo e participar ativamente das atividades desenvolvidas em todas as áreas. Defendo a multidisciplinariedade no futebol onde todos os profissionais devem ter o conhecimento geral das áreas para que a comunicação entre os profissionais seja facilitada e a partir daí o trabalho ser unificado. Sem esta proposta de trabalho, pode ser que o resultados esperados não sejam atingidos.
                 O departamento de fisiologia na base deve atentar-se a dosar de forma correta os treinamentos, prevenir lesões e monitorar a melhora contínua das valências físicas. Aí me perguntam qual a diferença então entre o trabalho na base e no profissional. Destaco várias variáveis onde o fisiologista da base tem que atentar-se em seu trabalho. Identificar o nível maturacional do atleta que chega ao clube, evitando que este receba cargas excessivas que possam comprometer a estrutura física do mesmo, prejudicando assim  seu crescimento. Destaco que o treinamento no futebol em qualquer categoria deve ter ênfase qualitativa. Outra preocupação do Fisiologista está no acompanhamento longitudinal da performance do atleta, que pode ser afetado pela complexidade da atividade que lhe foi atribuída, pelo excesso de treino, pelo condicionamento físico, dentre outros. Cabe ao fisiologista, juntamente com o setor nutricional, conhecer o histórico alimentar do atleta, traçar estratégias nutricionais que evitem o deficit energético ao fim do dia de treinamento e a maximização da recuperação. Traçar estratégias de hidratação corretas variando água e bebidas energéticas, evitando um quadro de hiponatremia etc...
                 Portanto, para que se agregue valor ao atleta, é necessário que  no processo de formação haja um departamento de fisiologia que realize estas atividades relatadas acima dentre outras que são necessárias para a maximização da performance.
                   

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